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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Você sabia que na década de 50 os testes de gravidez eram feitos com sapos?

É isso mesmo! O método, leva o nome de seu precursor, o pesquisador Galli-Mainini. O método consiste na injeção da urina da suposta grávida em um sapo macho. Além de ser um procedimento pitoresco e estranho, era muito trabalhoso, e pouco sensível, lógico!
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Funcionava mais ou menos assim: Sabemos que a urina da mulher (e o soro) é muito rico no hormônio hCG (hormônio gonadotrofina coriônica). Assim, a urina daquela com suspeita de gravidez era coletada e cerca de 10 mL eram injetados em sapos machos. A injeção era via subcutânea de modo a atingir o saco linfático do animal e se esta urina tivesse o hCG, o organismo do sapo era induzido a liberação de espermatozóides que eram então levados, depois de cerca de uma hora até a cloaca e se acumulavam  na urina da bexiga. Passadas 1 ou 2 horas, uma pipeta (um tipo de canudo) era introduzido na cloaca do sapo e obter a urina ali alojada e era levada ao microscópio para analise.
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No resultado positivo apareciam espermatozóides semelhantes a finos riscos pretos, dotados de movimentos e uma fina cauda (veja na foto). E então, a gravidez era anunciada. O mais interessante, era que o pobre sapo (bufo, aquele feioso e enrugado) precisava ser macho e pesar cerca de 100 gramas de peso. Alguns laboratórios da época mantinham funcionários para caçar e cuidar da criação de sapos. Além disso, os laboratórios anunciavam a compra dos animais. Sinistro!
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Felizmente, logo na década de 60, surgiram os primeiros ensaios comerciais baseados em anticorpos contra hCG e em técnicas de hemaglutinação, alguns dos quais ficaram famosos, como o Pregnosticon®.
Reação Galli-Mainini: Sapos machos para diagnóstico de gravidez!
Tempos difíceis!
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Espermatozóides de sapo!
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