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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Como entender o exame parasitológico de fezes (EPF)


POR QUE? Quando o médico solicita o EPF (Exame Parasitólogico de Fezes), ele está interessado em pesquisar a presença de vermes parasitas no nosso organismo, principalmente crianças. É utilizado para identificação de diversas infestações parasitárias, ovos ou larvas de helmintos e de cistos de protozoários.Isso é importante, pois, em casos de contaminação grave, outros exames como o hemograma pode se alterar. Leia sobre o hemograma AQUI! Vamos descobrir tudo sobre o EPF.

COMO COLHER AS FEZES: Geralmente os laboratórios ou o médico fornecem o pote coletor de fezes. Colher o material sobre um papel ou plástico e transferir para o pote com aquela colherzinha que vem dentro do pote é a melhor forma. Se possível, é bom proteger bem o frasco com plástico e refrigerar. Em casos, o médico pode pedir três (03) amostras colhidas em dias diferentes, para isso o laboratório fornece um frasco com o MIF (Merthiolate-Iodo-Formol) na dosagem correta, que serve para coletar as amostras e acondiciona-las o tempo necessário. O uso de laxante não é recomendado, pois costuma dificultar o exame.

QUANTIDADE: Apenas o tamanho referente a meia colher de sopa é suficiente. Respeite o profissional do laboratório, não encha o frasco até a tampa. Isto é altamente deselegante. Se o exame der negativo, virá escrito: NEGATIVO, claro! Se o exame der positivo, virá escrito o nome do verme encontrado, geralmente, encontram-se ovos ou cistos que significa presença do verme. Alguns laboratórios preferem colocar o nome da verminose (giardíase, amebíase, por exemplo).

Abaixo seguem alguns vermes que podem aparecer no seu exame. Com as imagens que os profissionais de laboratório eventualmente vêem ao microscópio.


Giardia lamblia – Giardíase: A infecção é por fezes e água, através da boca. Os sintomas mais comuns são diarréia, dor abdominal, perda de peso. Muito comum é crianças e pacientes com imunidade baixa.


Entamoeba histolytica – Amebíase: A infecção é por água e alimento contaminados com fezes. Os sintomas mais comuns são diarréia leve e disenteria e abscesso amebiano. Pode ser assintomática em indivíduos ou populações.


Ascaris lumbricoides – Ascaridíase (lombriga): A infecção é por contaminações fecais do solo (ovos) e vegetais contaminados. Os sintomas mais comuns são cólicas abdominais. Os vermes podem bloquear o intestino e ductos biliares e pancreáticos.


Strongyloides stercoralis – Estrongiloidíase: A infecção é por contaminação fecal do solo (larvas), entrando pela pele geralmente pela pele, geralmente dos pés (larvas). Causa dor irradiada do estômago, diarréia, urticária linear. Os vermes podem bloquear o intestino e ductos biliares e pancreáticos.


Trichuris trichiura: A infecção é por contaminação fecal do solo (ovos), entrando pela pele geralmente pela boca. Sintomas são diarréia, dor abdominal, anemia e perda de peso. Pode produzir disenteria, apendicite aguda ou prolapso retal em crianças.


Enterobius vermicularis (Oxiúros): A infecção é através de ovos em fômites contaminados (ânus-dedo-boca), entrando pela boca. Os sintomas são pruridos perianais (coceira muito forte no anûs e proximidades). Quando a infestação é alta, podem-se observar a olho nú, os vermes na entrada do ânus.


Hymenolepis nana: A infecção é por ovos contaminando o meio ambiente, entrando pela boca. Causa diarréia, desconforto abdominal em infestações massivas em crianças. Pode ser assintomático.


Taenia saginata e Taenia solium (solitária) – Teníase: A infecção é através de carne de gado (saginata) e porco (soluim) crua ou inadequadamente cozida. Causa desconforto abdominal, apendicite aguda. Partes do verme (proglotes) podem ser expelidas nas fezes.


Schistosoma mansoni – Esquistossomose: A infecção é através de água contaminada contendo larvas de hospedeiros caramujos. Causa disenteria, fibrose das paredes intestinal ou da bexiga, fibrose hepática, hematúria.

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