Mais de 80% dos nascimentos prematuros podem ser diagnosticados com um exame de sangue ainda durante a gravidez – perto do segundo trimestre de gestação, sugere um novo estudo.
O teste de sangue acusa a presença de três proteínas recém-identificadas e seis proteínas anteriormente descobertas, afirmam os pesquisadores da Brigham Young University (BYU) e da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. As mulheres que terão complicações associadas ao parto prematuro apresentam níveis mais elevados destas proteínas no sangue do que mulheres que têm gravidez saudável, dizem.
“Quanto antes os médicos souberem da possibilidade de um nascimento prematuro, mais ações eles podem fazer para tentar prolongar a gravidez e prevenir problemas de saúde para o bebê”, conta Sean Esplin, professor de medicina materna da Universidade de Utah.
“Sabendo antecipadamente da condição da gravidez, nós poderíamos até mesmo prolongar a gestação por uma ou duas semanas. Isso teria um impacto muito grande no número de bebês que sobrevivem e na melhora do estado de saúde deles”, explica Esplin. “Com apenas uma intervenção, nós poderíamos criar um impacto positivo muito grande”.
Para o estudo, os investigadores coletaram amostras de sangue de 80 mulheres durante a sua 24 ª semana de gravidez, e, em seguida, de outras 80 durante a 28 ª semana. Metade das mulheres realizaram o parto no período adequado e a outra metade deu à luz prematuramente.
Os pesquisadores descobriram que o exame de sangue foi capaz de prever mais de 80% dos nascimentos antes da hora prevista tanto na 24ª semana quanto na 28ª.
“Este teste pode melhorar, e muito, a nossa capacidade de identificar as mães em risco de parto prematuro espontâneo, coisa que atualmente ainda não conseguimos fazer de forma adequada”, comenta Antonio Frias, professor de medicina materna da Universidade de Ciência e Saúde do Oregon. Frias não esteve envolvido com a pesquisa.
Os investigadores disseram que outros estudos devem ser feitos com mais mulheres antes de o exame de sangue poder ser usado regularmente com todas as gestantes. [LiveScience]
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