segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Menina troca o tipo sanguíneo após transplante!
Até onde se imaginava é impossível que uma pessoa troque seu tipo sangúineo. Ou seja, uma vez O+ sempre O+ e isso vale para todos os outros tipos de sangue (A, B, AB, positivo ou negativo). Os tipos sanguíneos são determinados por uma substância chamada antígeno. Os antígenos têm uma propriedade especial: toda vez que ele é reconhecido pelo sistema imunológico como algo estranho.
O transplante de órgãos sempre foi, de certa forma, um mistério. Uma australiana de 9 anos de idade teve seu tipo sangüíneo alterado após um transplante de fígado. Demi-Lee Brennan estava muito doente, apresetando falência do fígado e por isso, a única saída para salvar sua vida era o transplante. Teoricamente, a compatibilidade sanguínea é a mesma para doação de sangue. Assim, as pessoas com sangue do tipo O-, por exemplo, podem doar para todos os tipos.
Foi isso que aconteceu: Demi-Lee tinha sangue do tipo O+ e recebeu um fígado saudável do doador com o sangue do tipo O-. Nove meses depois, os médicos descobriram que ela tinha trocado de tipo sangüíneo, e seu sistema imunológico agora era igual ao do doador do fígado que ela recebeu. Ao que parece, segundo os especialistas, as células do doador migraram para a medula óssea de Demi, o que de alguma forma, alterou seu tipo sanguíneo.
Esta história foi cientificamente publicada no “The New England Journal of Medicine”, uma revista médico-científica e os médicos garantem que este é um caso inédito na literatura científica e poderá ajudar, no futuro, a combater a rejeição de órgãos transplantados.
Na prática, uma situação parecida, dificilmente seria realizada, pois não é possível que doadores e receptores tenham o sangue diferente. Mas o caso de Demi-Lee era tão grave que os médicos arriscaram um transplante com tipos sanguíneos diferentes (embora compatíveis para doação). Era isto, ou vê-la morrer em poucos dias.
Demi-Lee, hoje está com quase 16 anos. É saudável e tem feito um trabalho intenso de conscientização quanto as doações de órgãos. Ela ainda visita os médicos que a transplantaram e tem colaborado com as pesquisas contra rejeição de órgãos!
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Aqui está um trecho do artigo médico-científico do “The New England Journal of Medicine” no qual é relatado o caso!
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