Os piolhos são insetos da ordem Phthiraptera. Existem muitas espécies de piolho, mas este que é exclusivo da cabeça do ser humano é chamado de Pediculus capitis, e a outra, mais comum na Europa, é o Pediculus humanus, todos sa subordem Anoplura.
Seja qual for a espécie de piolho, cada uma tem uma relação exclusiva com um determinado tipo de hospedeiro, o que significa que, por exemplo, um piolho de ave não afeta humanos e vice-versa. Esta característica torna os piolhos muito dependentes do hospedeiro. Na nossa cabeça o piolho se alimenta de sangue, que ele consegue picando o couro cabeludo (que resulta naquela coceira tradicional). Para facilitar, ele injeta no local uma espécie de saliva, que tem substâncias que evitam a coagulação do sangue.
O ciclo de vida do piolho é de mais ou menos um mês. A fêmea e o macho são muito parecidos. Mas a fêmea tem o abdome maior, por causa do volume de ovos. Elas colocam mais de cem ovos, que são chamadas lêndeas. Graças a uma substância liberada pelas “mães” que funciona como um cimento, elas são fixadas na base do fio do cabelo, junto ao couro cabeludo. Os locais preferidos para colar as lêndeas são a região da nuca e das orelhas. O piolho tem três fases principais na vida: a fase de lêndea (o ovo do piolho), a de ninfa – um “bebê-piolho”, quando ele deixa a casca e começa a se desenvolver – e a de piolho adulto. A ninfa leva duas semanas para atingir a idade adulta e troca de pele três vezes nesse período.
A preferência dos piolhos em atacar a cabeça das crianças, teoricamente é um mito. Porém, sabemos que crianças têm um contato físico muito maior entre si. Nas creches e escolas é bastante comum, por exemplo, a garotada dividir bonés, pentes, escovas, almofadas… Além disso, as crianças são geralmente menos sensíveis e não percebem que estão sendo picadas, o que facilita a infestação. Alguns cientistas arriscam em dizer que as crianças podem exalar determinados hormônios – cairomônios – que as tornam mais atraentes para os piolhos. Mas isso ainda não está comprovado.
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Fonte: Diario de Biologia
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