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domingo, 26 de junho de 2011

Mulher acorda no próprio velório, passa mal com o susto e morre minutos depois






Uma mulher morreu de infarto, em Kazan, na Rússia, causado pelo choque de acordar no meio do próprio velório.
Fagilyu Mukhametzyanov, de 49 anos, foi declarada morta por engano e estava sendo velada por amigos e parentes quando se levantou do caixão e começou a gritar desesperadamente.
Quando ouviu os amigos rezando, percebeu que estava no próprio velório e começou a passar mal.                          
Segundo Fagili Mukhametzyanov, marido de Fagilyu, a mulher começou a sentir fortes dores no peito e                         desmaiou quando chegou em casa.
“Seus olhos tremiam e nós corremos para o hospital, mas ela só viveu por mais 12 minutos, na UTI, até morrer de novo”, contou Mukhametzyanov. “Estou com muita raiva e exijo respostas. Ela não estava morta da primeira vez e, por isso, os médicos podiam ter salvado sua vida”, completou.
O porta-voz do hospital de Kazan, Minsalih Sahapov, disse que está investigando o caso.
*Com informações do New York Daily News

sábado, 25 de junho de 2011

Porque fumantes engordam quando abandonam o cigarro?


                    
Você sabe por que quem larga esse vício ganha peso? Recentmente, pesquisadores descobriram exatamente quais células do cérebro que a nicotina desencadeia para reduzir o apetite e a gordura corporal nas pessoas.
Segundo Marina Picciotto, autora do estudo, a nicotina ativa diferentes tipos de células cerebrais, ou receptores, com efeitos muito diferentes. “Nós descobrimos que a ingestão de nicotina reduz a gordura corporal através de receptores implicados na aversão à nicotina e na abstinência, ao invés de na recompensa e reforço”, diz.
Segundo Nora Volkow, diretora do Instituto americano de Abuso de Drogas, essa é uma distinção importante. “Os resultados indicam que os medicamentos que visam especificamente esse caminho podem aliviar a abstinência de nicotina, bem como reduzir o risco de comer demais durante a cessação do tabagismo”, afirma.
A pesquisa foi feita com ratos. Futuros medicamentos que ajudem na cessação do tabagismo, portanto, estão ainda um pouco longe de se tornar realidade. Primeiro, mais estudos terão de ser realizados em humanos.
A descoberta é muito importante, pois os receptores cerebrais identificados têm implicações não apenas na cessação do tabagismo, mas em outras formas de dependência, bem como na perda de peso.
Segundo a pesquisadora Mariella De Biasi, o estudo não é apenas importante para as pessoas que estão tentando parar de fumar. “Os resultados fornecem um alvo para o desenvolvimento de medicamentos que podem ajudar no controle da obesidade e de desordens metabólicas relacionadas”, explica.[WebMD]
                                                             

                                                    

Cientistas curam câncer de próstata em ratos com vacina humana


                                          
Uma equipe internacional de pesquisadores conseguiu curar tumores de próstata em ratos, sem efeitos colaterais, através de uma vacina humana. A vacina também mostra promessa para outros tipos de câncer, como melanoma.
No passado, os cientistas haviam tentado a cura e falhado por causa da incapacidade de isolar um conjunto diversificado de antígenos nas células tumorais. Isso faz com que os tumores se mutem e sobrevivam ao sistema imunológico do corpo.
Agora, a equipe foi capaz de superar esse problema, primeiro juntando as partes do código genético a partir de tecidos de próstata humana em um DNA complementar, e depois colocando-o em uma cultura de vírus da estomatite vesicular (VSV). Isso formou uma vacina que foi dada aos ratos através de várias injeções intravenosas.
Os tumores têm uma “impressão digital” única, chamada antígeno, que desencadeia uma resposta do sistema imunológico através de uma proteína molecular. Ao liberar a vacina com antígenos de câncer de próstata humano no vetor VSV mutante, o sistema imunológico dos ratos foi capaz de “atacar”, criando uma resposta imune potente e atacando os tumores.
                                  
Ensaios clínicos em humanos deverão começar em dois anos e tem grande potencial.[DailyTech]

Alerta: cirurgia não é solução mágica para a obesidade


Aos 16 anos, Shaina pesava 109 quilos. Por conta disso, desenvolveu uma complicação em que a pressão se acumula dentro do crânio, danificando o nervo óptico. A única solução para Shaina, que já começava a sofrer perda de visão, era perder ao invés disso peso – e rápido.
Mesmo perdendo 9 quilos sozinha, a adolescente ainda precisava perder 23 quilos. Assim, um médico recomendou que ela fizesse cirurgia bariátrica, e Shaina passou pelo procedimento em fevereiro. Três meses depois, ela estava com 83 quilos – a primeira vez que se lembra de ter menos de 90 quilos.
Cada vez mais os jovens obesos sofrem de complicações de saúde graves e são submetidos a operações para ajudá-los a perder peso. Há certamente mais e mais casos a cada ano, e as histórias de sucesso como a de Shaina fazem a cirurgia bariátrica parecer fácil.
Não é. Na verdade, os médicos estão tão preocupados que os adolescentes tenham expectativas irrealistas da cirurgia que exigem uma avaliação pré-cirúrgica extensa e mudanças de estilo de vida para garantir que eles compreendam os riscos graves e estejam dedicados a revisar a sua saúde.
A cirurgia geralmente requer perda de peso preliminar e, em seguida, regime pós-cirúrgico acompanhado de mudanças dietéticas, vitaminas e exercícios. Se o adolescente e sua família não estiverem totalmente comprometidos, os resultados podem evaporar rapidamente ou nem se materializar.
“Nós nos preocupamos muito que as crianças achem que a cirurgia vai ser uma solução mágica”, diz Eleanor Mackey, psicóloga clínica que avalia jovens que consideram a cirurgia.
Além disso, a cirurgia bariátrica não é feita para pessoas moderadamente obesas. O paciente deve ter um índice de massa corporal (IMC) de 40 ou superior ou um IMC de 35 ou superior com sérios problemas de saúde relacionados à obesidade, como diabetes tipo 2.
“Esse não é um procedimento cosmético”, diz Marc Michalsky, diretor cirúrgico de um centro de saúde americano. Muitas coisas são levadas em consideração. Os médicos geralmente não realizam a cirurgia em crianças até que elas passem da puberdade e parem de crescer. Isso porque pode haver aumento da probabilidade de deficiência nutricional após a cirurgia, o que poderia dificultar o crescimento ósseo e a maturação sexual.
Além disso, o jovem deve ter maturidade psicológica e apoio da família para fazer mudanças de estilo de vida permanentes. Uma equipe de pediatras, psicólogos, fisiologistas, nutricionistas e assistentes sociais é necessária para se ter uma visão do adolescente e se ele está pronto para a cirurgia.
Dois a três meses são exigidos para realmente conhecer a família e certificar de que a criança sabe realmente no que está se metendo. E mesmo depois de tudo isso, há a questão financeira: muitas famílias pagam do próprio bolso o procedimento, que nos EUA normalmente custa entre 15.000 e 30.000 reais, embora alguns planos de saúde cubram.
A recuperação pós-cirúrgica não é nenhum piquenique. Os pacientes tem que manter uma dieta líquida por semanas e gradualmente começar a comer alimentos sólidos. Mesmo anos depois as coisas continuarão diferentes; o corpo não vai tolerar qualquer alimento.
Como a cirurgia bariátrica limita a quantidade de alimentos que os pacientes podem comer, nutrição adequada após a cirurgia é importante. Pacientes precisam tomar vitaminas e minerais, em alguns casos para o resto de suas vidas. O ferro é uma deficiência comum que os coloca em risco de anemia. Para evitar a desnutrição, a desidratação e o ganho de peso, eles têm que comer regularmente refeições de alta proteína e não beber líquidos perto do horário das refeições.
Para obter resultados do procedimento, os jovens também devem estar comprometidos a se tornarem mais ativos e ter uma alimentação saudável a vida inteira, o que muitas vezes exige que suas famílias façam o mesmo.
Hoje, embora a cirurgia bariátrica seja muito mais segura desde que foi introduzida no final dos anos 1960, ainda tem riscos de efeitos colaterais e complicações sérias – como vazamento estomacal e mau funcionamento de bandas gástricas – que pode exigir cirurgia corretiva.
Além disso, há poucos dados sobre os riscos a longo prazo da cirurgia em adolescentes. Um estudo recente mostrou que os jovens perderam massa óssea após um tipo de cirurgia bariátrica, mas isso não parece preocupante, pois esses pacientes já têm densidade óssea muito maior do que o normal.
Também, existe sempre a opção de perder peso por conta própria. Há quem consiga e até prefira. O adolescente Josh Caudill perdeu 55 quilos em 11 meses e pretende continuar assim – se exercitando e fazendo dieta. Não é impossível.[CNN]

Por que os cabelos ficam brancos?


              
Não dá para fugir: com a idade ou até mesmo por stress, os fios brancos começam a surgir. Porém, os cientistas ainda não sabem como o embranquecimento ou até a falta dele surgem.
Uma pesquisa foi realizada para descobrir as razões dos cabelos ficarem brancos e, quem sabe, ser um passo para a prevenção disso no futuro.
A via de sinalização Wnt, uma rede de proteínas, seria a principal causa do embranquecimento dos fios. As células-tronco do folículo piloso entram em contato com outra célula, a de pigmentação. A partir de sinais enviados pela sinalização Wnt das células-tronco, os melanócitos são ativados.
Os melanócitos produzem a melanina, a proteína que confere pigmentação aos cabelos e à pele.  Quando a via Wnt vincula as proteínas que produzem o cabelo aos melanócitos, os fios começam a se proliferar. Isso porque as células-tronco do folículo piloso são substituídas, gerando células-filhas. E são elas que passam a produzir a pigmentação do cabelo.
A quantidade de melanina produzida pelas células-filhas é definida pelos genes de cada pessoas – determinando se ela vai ser morena, loira, ruiva ou alguma coloração entre essas.
Com a idade, os cabelos brancos chegam por uma falha na manutenção dos melanócitos, que fazem com que a proteína morra ou não funcione mais como antigamente. Com cada vez menos condições de manter a pigmentação dos fios, eles começam a aparecer em tons de branco, cinza ou prata.
A razão da queda de cabelos ainda é um mistério, mas tudo indica que a via de sinalização Wnt também pode ter algo a ver com isso. [LiveScience]

Como a caspa se forma?

A caspa é uma produção excessiva de “flocos” de pele morta do couro cabeludo. Normalmente, nossa pele da cabeça se renova periodicamente (geralmente de quatro em quatro semanas). Em condições normais e saudáveis do couro cabeludo o processo de renovação é imperceptível.
Quando as células de pele no couro cabeludo se renovam, as velhas sofrem descamação e se desprendem. Como já dito, a caspa ocorre devido a uma aceleração desse processo, onde ocorre um crescimento exagerado das células que juntamente como o sebo produzido, ação de fungos causam o agravamento. Assim, essas células, por sua vez, tendem a se agrupar e a absorver os óleos produzidos pelos folículos capilares, fazendo com que os “flocos” que seriam microscópicos, se tornem grandes o suficiente para serem vistos a olho nú, como embaraçosos flocos brancos!
Um grande vilão pode ser o fungo Malassezia. Ele é um habitante normal da cabeça de um ser humano saudável, alimenta-se dos óleos gordurosos secretados pelos folículos pilosos no couro cabeludo. Em algumas pessoas, ele pode crescer descontroladamente, causando uma irritação que acelera a troca das células no couro cabeludo. é uma forma do corpo de se defender da ação do inimigo.
Normalmente, acontece assim: A glândula sebácea é a responsável pela produção do sebo que lubrifica a superfície do nosso couro cabeludo. Geralmente, por questões genéticas, a pessoa que tem predisposição à caspa produz mais gordura que o normal. Esse sebo chega à superfície da pele pelo folículo piloso, a estrutura pela qual saem os fios de cabelo ou pelos. A secreção gordurosa fica acumulada no couro cabeludo, deixando o cabelo oleoso. A oleosidade causa uma inflamação do couro cabeludo (dermatite seborreica). Pessoas com essa predisposição genética também podem desenvolver o fungo Malassezia (Pityrosporum ovale), que agrava o quadro. E por fim, o processo inflamatório causa coceira, vermelhidão e descamação, que solta partículas brancas do couro cabeludo. A caspa, é então, uma mistura de sebo e células mortas da pele.
As causas da caspas são inúmeras que vão desde de alimentação incorreta e uso de shampoos indevidos até doenças como psoríase, por exemplo.
Microscopia eletrônica mostrando a caspa presa no fio de cabelo.
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Fonte: Diário de Biologia

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Zumbido no ouvido

Médico indiano filma processo de retirar uma abelha que entrou profundamente no ouvido de uma criança.


Algumas pessoas têm seus ouvidos bloqueados devido a cera - uma cera interna que não é possível retirar com cotonete (não é recomendável nem que se tente isso). Nesses casos, o médico faz uma rápida lavagame e tudo está resolvido. Mas na Índia, o que bloqueou a audição de uma criança foi uma abelha, que entrou muito fundo no seu ouvido. O Doutor Janakiram foi o responsável por resolver a situação e ele filmou todo o processo de retirada do inseto.
Fonte: Revista Galileu

Carne feita de fezes humanas

Cientista japonês cria comida que utiliza proteínas e lipídios retirados diretamente de excrementos.

Para os que querem emagrecer ou para quem é vegetariano, carne de soja pode não ser uma opção, devido ao gosto considerado ruim por muitos. O cientista japonês Mitsuyuki Ikeda criou em laboratório uma terceira via: a carne feita de excremento humano. Sim, você leu certo. Excremento.
 Editora Globo
Dr. Ikeda segura a embalagem na qual está escrito: "carne de merda"// Crédito: Divulgação
Difícil não se chocar com o conceito do Dr. Ikeda, mas ele não criou a “carne” como um experimento. O cientista japonês quer que sua comida seja comercializada regularmente, vire um produto disponível a todos. Melhor explicar como a “carne de cocô” é feita: Ikeda pega placas de lodo do esgoto, que contêm muitas fezes humanas. Delas ele retira as proteínas e os lipídios, que passam por um processo intenso de calor no qual todas as bactérias vivas morrem. À mistura, é adicionado um intensificador de reação. Para que o produto final tenha gosto de carne, coloca-se proteína de soja e molho de carne (normal). O vídeo abaixo (em inglês) conta de forma bem resumida o processo todo. 

Dr. Ikeda teve um motivo para desenvolver essa nova “carne”. Cientista membro do Centro de Avaliação Ambiental da cidade japonesa de Okayama, Mitsuyuki Ikeda quis inventar uma maneira de reciclar o uso de proteína para que a necessidade da carne bovina seja diminuída – o metano solto pelos animais em rebanho representa nada menos que 18% dos gases que causam o efeito estufa.
Fonte: Revista Galileu

Superstição: você não é idiota por acreditar

                                         
                                         
Você fica feliz quando encontra um trevo de quatro folhas? Você evita passar debaixo de escadas? Você coloca sua cueca da sorte quando seu time vai jogar? Então, parabéns, você faz parte do grupo de indivíduos que aprendem com as experiências (esse grupo inclui os pombos).
Uma nova pesquisa encontrou evidências de que as superstições não são tão inúteis quanto parecem. Ao adotar a crença de que você pode – ou não pode – fazer algo para afetar o resultado que você deseja, você tem um aprendizado.
A superstição é uma “surpresa” evolutiva: segundo os pesquisadores, não faz sentido que os indivíduos acreditem que uma ação específica influencie o futuro (pois obviamente não pode).
No entanto, o comportamento supersticioso é reconhecido em muitos animais, não apenas humanos, e muitas vezes persiste em face da evidência contra ele.
As superstições não são “gratuitas” – os rituais e as coisas que o animal evita custam a ele em termos de energia ou de oportunidades perdidas. A questão torna-se: como a seleção natural pode criar, ou simplesmente permitir, tal comportamento inapropriado?
“De uma perspectiva evolucionária, superstições parecem inadequadas”, diz o biólogo Kevin Abbott, coautor do estudo com Thomas Sherratt.
Assim, a nova pesquisa procurou razões para tais anomalias existirem. Talvez a superstição tenha um efeito placebo ou sirva para a sociabilidade. Ou talvez seja realmente inadequada agora, mas é o resultado de traços que foram adequados no passado (como os dentes do siso).
A primeira descrição de comportamento supersticioso em animais é de 1948. Um cientista colocou pombos mortos de fome em gaiolas, oferecendo-lhes alguns segundos de acesso a alimentos em intervalos regulares.
Enquanto os intervalos eram curtos, as aves começaram a ter comportamentos como girar no sentido anti-horário, balançar de um lado para o outro ou jogar a cabeça para cima. Os comportamentos pareciam ter uma relação causal com a apresentação dos alimentos. Uma vez que os comportamentos foram estabelecidos, eles persistiram, mesmo quando os intervalos de tempo alongaram.
O cientista comparou o comportamento dos pombos a respostas condicionadas; as aves estavam tentando aprender a produzir alimentos por conta própria.
Em 1977, outro pesquisador desafiou essa conclusão, dando oportunidades aos pombos de detectar se o resultado (ganhar comida) foi devido às suas ações (o comportamento estranho), ou simplesmente ao acaso.
Ele descobriu que os pássaros podiam discernir diferenças sutis, assim como os humanos. As aves podiam julgar a causa e o efeito, pelo menos quando tinham todas as informações necessárias.
Hoje, os cientistas concluem que a insuficiência de informações ou “crenças anteriores” podem orientar as aves a conclusões erradas (se elas acharem que o comportamento causa o ganho de comida, vão continuar agindo assim – pura superstição).
Em 2009, pesquisadores compararam superstição com uma boa aposta. Um rato, ouvindo um barulho na grama de um gato, se esconde debaixo da terra. Quando um galho farfalha por causa do vento, o rato também se esconde – mas isso não é uma ação estúpida, e sim reflete a falta de dados: o rato não pode dizer se o barulho é de um gato na grama ou do vento nas árvores.
O novo estudo, de Kevin Abbott e Thomas Sherratt, vai além na análise da superstição. Eles projetaram a escolha e a experiência em modelos.
O cenário são duas opções. Uma delas é uma máquina de jogos, na qual você tem uma chance de pagar para jogar porque você acha que pode ganhar, e o prêmio é grande. A segunda dá-lhe a escolha entre duas armas, uma na qual você tem experiência e a outra não.
Esse modelo inclui a capacidade de treinar e aprender com isso. Os resultados representam a mudança com base na experiência, de preferência com parâmetros que permitam a mudança ou deixem o assunto envolvido em hábito supersticioso.
O modelo prevê o que ocorre na vida real: o que acontece nos últimos 10 ou mais eventos tem um impacto. Os resultados tendem a seguir o senso comum: você será supersticioso se isso não for lhe custar muito caro, em comparação com velhos caminhos seguros (ou seja, se não for caro para jogar na máquina, você acredita e arrisca; se seu risco de morrer for grande, você opta pelo seguro, a arma que você sabe usar).
Esse modelo mostra como as superstições podem persistir em face de evidências contraditórias. Quanto mais você carrega um amuleto da sorte, mais provável que você se convença de que ele não funciona, mesmo que inicialmente você acreditasse (ele não vai lhe ajudar sempre).
Agora, se você duvida de algo em primeiro lugar, mas um grande número de situações lhe apresenta experiências positivas, você pode muito bem começar a acreditar. Isso mostra como os mecanismos adaptativos de aprendizagem nos levam a lugares que não devemos ir (e vice-versa).
Mais simples ainda, a superstição pode ser apenas um jeito dos humanos acharem que estão controlando uma situação que não depende deles – é a nossa cara, não?[LiveScience]
                              
                                          

Por que o Brasil é exemplo no combate contra AIDS

                                          
                                 
Após 30 anos do relatório oficial do Centro e Controle de Doenças americano sobre a epidemia de HIV/AIDS, o país que tem apresentado a melhor resposta para o controle da doença não são os Estados Unidos, nem qualquer outro país dito “desenvolvido”. Trata-se do nosso amado, idolatrado, salve-salve Brasil.
Eduardo Gomez, especialista em políticas públicas e administração americano, conta que quando foi pesquisar sobre o assunto para seu doutorado, se surpreendeu com a resposta rápida do Brasil à epidemia, especialmente quando comparado com outras nações.
“Depois de viajar para diversas cidades em todo o país, entrevistando pacientes com AIDS, autoridades de saúde e ativistas, eu percebi que o governo estava de fato totalmente comprometido com a erradicação da doença”, conta. “Os brasileiros queriam provar ao mundo que tinham a capacidade técnica e o compromisso político necessários para fazê-lo. Conseguiram”.
Dentre as razões para o sucesso do país, estão as agressivas campanhas nacionais de prevenção para grupos de alto risco, que têm contribuído para um declínio acentuado dos casos da doença no Brasil. Devido à criação de programas nacionais de prevenção direcionados a homens gays e mulheres – em 2002 e 2007, respectivamente -, o Brasil tem apresentado um declínio acentuado nos casos de infecção do vírus HIV nos dois grupos.
Entre os homossexuais masculinos, houve 3.376 novas infecções em 1996 e apenas 647 em 2009 – uma queda de 81%. Entre as mulheres, os números caíram de 7.419 novos casos em 1996 para 2.034 em 2009 – 73% a menos.
Em comparação, a infecção entre o maior grupo de risco nos Estados Unidos, atualmente homens afro-americanos e gays, permanece elevada: se em 1998 haviam sido registrados 20.672 novos casos entre afro-americanos, esse número aumentou para 21.549 11 anos depois. Enquanto isso, 17.357 infecções foram notificados em gays em 1998, apresentando apenas uma leve queda para 14.383 em 2009.
Considerando que vivíamos em uma ditadura militar com uma distribuição muito desigual da cobertura dos cuidados de saúde 20 anos atrás, como explicar isso?
De acordo com Gomez, o primeiro indício está no dinheiro. De 2000 a 2007, o Congresso brasileiro quase dobrou a quantidade de financiamento para o combate à AIDS – de 713 mil reais no começo da década para 1,3 bilhões em 2007. Os gastos nos EUA, por exemplo, cresceram em um ritmo mais lento.
O Brasil também tem feito um trabalho melhor ao providenciar medicamentos contra a doença. Em 1996, o Congresso aprovou uma lei federal determinando o fornecimento universal de medicamentos antirretrovirais. Os gastos com esse tipo de droga deu um salto de R$ 25 milhões em 1996 para mais de um bilhão de reais em 2009.
“Em contraste, os Estados Unidos têm se mostrado sistematicamente aquém de garantir o acesso ao remédio”, afirma Gomez. De acordo com um relatório divulgado mês passado no país, há uma lista de espera de 8.100 pessoas que necessitam de medicamentos antirretrovirais nos EUA.
Ao perceber que as cidades tinham necessidade de financiamento para ajudar a combater a doença, o governo brasileiro criou novos programas de apoio. Em 2002, surgiu o Fundo-a-Fundo, que prevê verba mensal para as cidades que demonstrarem necessidade. O financiamento para este programa aumentou de 579 mil reais em 2003 para 1,5 bilhão de reais em 2010. Nos Estados Unidos, pelo contrário, o último programa desse tipo criado data de 1993.
Os profissionais de saúde no Brasil aprenderam desde cedo que precisam trabalhar em conjunto com a sociedade civil a fim de combater com sucesso a AIDS. A partir de meados da década de 1980, o governo convidou ativistas gays e representantes de organizações não governamentais para ajudar a elaborar políticas e aprender mais sobre o vírus e as necessidades de cuidados de saúde. Essa incorporação nunca ocorreu nos EUA.
Até nossa situação política ajudou no combate à AIDS. Com o fim da ditadura, o acesso aos cuidados de saúde como um direito humano foi garantido na Constituição de 1988.
Quando a doença surgiu, o governo foi forçado a fazer o que podia para garantir o acesso aos medicamentos, segundo Gomez. O país, então, entrou em intensas negociações com empresas farmacêuticas para baixar os preços das drogas. “Caso ambas as partes não chegassem a um acordo, as empresas farmacêuticas enfrentariam o fantasma de o Brasil produzir e distribuir versões genéricas de medicamentos patenteados”, conta.
Os esforços do país lhe renderam prêmios internacionais: da Fundação Bill & Melinda Gates, como melhor modelo de resposta à AIDS em 2003, da UNAIDS, em 2004, além de elogios do renomado médico Sanjay Gupta, da CNN, como a “inveja do mundo” em 2009. E o governo continua aumentando o seu compromisso contra a epidemia.
O governo brasileiro, porém, não pensa apenas no seu próprio país, afirma Eduardo Gomez. O reconhecimento mundial motivou o país a ajudar as nações africanas a desenvolverem a capacidade necessária para produzir medicamentos antirretrovirais. “A atenção internacional ainda é usada como uma plataforma para abordar outras questões relacionadas, tais como direitos humanos, redução da pobreza e até mesmo a tecnologia de biocombustível”, diz.[CNN]
                         
                               

Açúcar: vilão ou mocinho?


                                               
  Que o açúcar ajuda a aumentar os números que aparecem na balança quando a gente se pesa, todo mundo sabe. Ele pode ser a coisa mais doce do mundo, mas muita gente faz dele um vilão. A verdade é que existem diferentes tipos de açúcar e o nosso corpo processa cada um de maneiras diversas. Conhecer cada tipo pode ajudar a fazer com que ele tenha um papel ativo em uma dieta saudável (ou não). Conheça alguns:
Glucose
Nosso corpo adora a glucose. As células do nosso corpo a usam como fonte primária de energia, então, quando você consome glicose na verdade está fazendo um bem, pois ela estimula o pâncreas a produzir insulina. O cérebro percebe o aumento da substância, entende que é preciso metabolizar o que você acabou de comer e manda a mensagem que você já está satisfeito.
A glucose, contudo, não é perfeita. São muitos processos envolvidos quando você a consome, mas um deles, que ocorre no seu fígado, produz LDLs – lipoproteínas de baixa densidade, também conhecidas como “colesterol ruim”, e elas causam problemas como doenças cardiovasculares. Felizmente, apenas uma caloria em cada 24 de glucose processadas pelo fígado se transforma em LDL. Se a glucose fosse a única coisa que comemos que produz LDL, não haveria problema.
Sacarose e XMRF – xarope de milho rico em frutose
Os dois são bastante doces e contém grande quantidade de frutose (50% e 55% respectivamente). Para este exemplo, vamos tratar os dois como frutose. Na maioria dos casos, a frutose faz mal devido ao modo como é processada pelo corpo: ela só pode ser metabolizada no fígado, o que não é muito bom. Isso significa um número maior de calorias (quase três vezes mais que a glucose) se transformando em LDL e gordura. A quantidade de ácido úrico também aumenta.
Além disso, o consumo de frutose atrapalha a maneira como seu cérebro percebe se você já está saciado ou não. Isso acontece porque seu sangue resiste à leptina, proteína que é vital para regular o gasto e o acúmulo de energia (o que significa manter sua fome balanceada e seu metabolismo funcionando bem). Como resultado, você continua comendo sem perceber que já está satisfeito. Isso é só um exemplo de problema que a frutose pode causar, mas toca um assunto delicado para muita gente: a produção de gordura.
Vamos ser justos e falar que, contudo, ela não é de todo má e tem um propósito. Se você é um atleta profissional, por exemplo, a frutose é útil, pois repõe seu estoque de glicogênio com rapidez. É por isso que a substância está presente nas bebidas esportivas.
Comida processada x comida não processada
Frutas contém frutose, mas somos estimulados a comer porções delas por dia. Por que? A explicação é que as frutas, em sua forma natural, contêm fibras, que ajudam a mandar o sinal de saciedade ao cérebro. É por isso que comer frutas é benéfico. O mesmo acontece com o açúcar processado, que perde toda a fibra da cana. Então por que não manter as fibras da cana no produto final? Porque elas fariam com que o açúcar perdesse a validade rapidamente. Outras comidas processadas, além do problema acima, ainda contêm grande quantidade de gordura. Cheque a quantidade de açúcar na embalagem das comidas processadas que você compra.
Como consumir açúcar de maneira mais saudável
Quer dizer, então, que um pouquinho de açúcar não faz mal a ninguém? Mas, como a frutose está presente em vários tipos de comida processada, como comer melhor e ainda aproveitar aqueles docinhos que adoramos? Aqui vão algumas sugestões. Algumas exigem mais sacrifícios que outras, mas são mais eficientes. O negócio é ir com calma e estipular metas que você acredita poder alcançar, para não desistir logo de cara. Confira:
Diga tchau aos refrigerantes e bebidas adoçadas
De tudo que você pode fazer, essa é uma das mais importantes. Os refrigerantes estão cheios de frutose. Além de fazer com que seu cérebro pense que você ainda está com fome, eles contêm muito sódio, que faz você ficar com sede e beber ainda mais. É bom lembrar também que essas bebidas não têm nenhum nutriente que nosso corpo precisa. A única vantagem aparente é que é gostoso.
Mas o que podemos beber no lugar? Água, simples assim. Calma, não se desespere, isso não significa que você nunca mais vai poder abrir uma latinha de refri, mas lembre-se de que, quanto mais beber, mais difícil será controlar a fome. Outra alternativa é consumir essas bebidas 20 minutos após as refeições.
Comer fibras
Basicamente, a fibra e a frutose precisam trabalhar juntas. A frutose compensa a falta de “gosto doce” da fibra, enquanto essa manda mensagens de satisfação para nosso cérebro. Evite comer comida processada, consiga seu combo fibras+frutose das frutas.
Evite comidas processadas com alto teor de açúcar
Bom, não custa lembrar, não é? É fato que a correria do dia-a-dia deixa pouco tempo para fazermos refeições naturais sem nada processado, então, escolha aqueles alimentos com menos açúcares. Se o produto não é uma sobremesa e, mesmo assim, tem bastante açúcar, melhor evitar. Se ele contém XMRF, melhor evitar. Evite aquelas “refeições prontas congeladas” sempre que puder e compre alimentos com mais fibra. Eles podem até estragar mais rápido, mas não estragam você.
Mantenha o açúcar fora da sua casa
Se você gosta de sobremesa, não a mantenha em sua casa, assim, quando bater a vontade, você terá mais trabalho para conseguir. As chances de você desistir aumentam. Se a vontade não passar, compre uma porção pequena.
Não corte o açúcar de uma vez
Alguns cientistas afirmam que certos tipos de comida podem causar dependência, por isso, cortar o açúcar de uma vez pode ser tão difícil quanto largar o cigarro. Seja bonzinho consigo mesmo e diminua um pouco de cada vez. É melhor consumir menos por um longo período, do que cortar por uma semana e depois ter uma recaída.
Mexa-se
Ficar parado faz com que seu metabolismo faça o mesmo. Não pense no exercício físico apenas como uma maneira de queimar calorias, até porque, para perder as calorias de um lanche fast food seria preciso um dia inteiro. Lembre-se que essas atividades aliviam o estresse, reduzem o apetite e aceleram o metabolismo. Durante o trabalho, tente se levantar e fazer uma rápida caminhada a cada 30 minutos, só para ficar em pé um pouquinho. Faça caminhadas, pratique esportes, faça uma faxina na casa, ou qualquer outra coisa, mas mexa-se. [LifeHacker]
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